sábado, julho 12, 2008

O melhor dicionário do mundo

A vida é mesmo uma coisa engraçada. Depois de muito tempo sem postar, em questão de minutos me surgem dois posts extremamente necessários (lembrando sempre da condição transitória e vaga do necessário): prucurando pela definição de uma palavra, achei um dicionário genial, extremamente intuitivo. Basta ver as definições de palavras com foto auto-explicativa.





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Constatação rápida # 37

Um dia desses me peguei no meio de uma importante observação psico-sócio-cultural-inútil-comportamental no lugar que faz florescer o lado anti-social dos seres humanos: o vagão de metrô.

E era um dia dos bons pra curiosos em geral e amantes da tragicomédia cósmica: o vagão, como de costume, estava levando mais pessoas que o sensato. O que significa mais matéria-prima e confiabilidade da amostra. O estudo consistia de um sofisticado método de observação: olhar a cara das pessoas. Em todo mundo, as vontades pareciam ser uma mistura de:

a) Vontade de sair logo
b) Vontade de chegar logo no trabalho para sair logo do trabalho para ir logo pra casa para chegar logo no trabalho
c) Vontade de não precisar sentir vontade

Em todo o vagão, a felicidade pairava enterna em apenas um rosto sorridente, devidamente emoldurado e pendurado na parede, junto com umas frases que diziam qualquer coisa sobre comprar não sei o quê.

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quarta-feira, maio 07, 2008

Ten Years After...

Pois é. Sem explicações, sem perguntas, sem rancores. Já faz um bom tempo, eu sei. Mas tive meus motivos.

O que passou, já foi. O futuro promete.

Ano de entrega de TTC, tema Novas Tecnologias em Comunicação. Poderia haver melhor espaço de experimentação acadêmica multi-sócio-psico-pato-culturológica que este?

Em breve darei maiores detalhes de como pretendo tornar minha célebre e parca audiência em cobaias de massa, apesar de devidamente segmentados, catalogados, e reduzidos a grupos de interesse comum: o óbvio ululante. Ou não.

Saudações.

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segunda-feira, dezembro 03, 2007

Vale a pena comemorar?

Esta semana, depois de mais de 1 ano e meio de vida, o OUSOIN ultrapassou a ridícula marca de 1.000 acessos. Poderia fazer um balanço de sua magnífica, pífia, pomposa e quixotesca e-stória, mas faz muito tempo que nem escrevo aqui. Será que vale a pena? Aguardem os próximos capítulos. Ou arranjem algo mais produtivo para fazer.

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sábado, outubro 20, 2007

Top Sellers

Recentemente tive um misto de decepção e insight. Olhando as estatísticas dos visitantes do OUSOIN (refinadíssimas, por sinal), descobri que uma boa parte (não sei em números exatos porque menti no último parêntese) das pessoas que o visitam vêm aqui por cinco motivos:

- por digitarem no Google "se a montanha não vem a Maomé" (se for algum tipo de busca preferida de alguns carolas imagino o choque ao acabar aqui);

- por digitarem no Google "quem inventou a análise SWOT" (essa com certeza deve ser de alguns malandrões querendo se dar bem aprendendo a matéria na noite anterior à prova. Se dão mal pois óbviamente caem no post A Publicidade Travestida Faz Seu Trotoir, justamente uma crítica aos babacas que destruíram a Propaganda;

- por digitarem no Google "quem inventou a psicanálise(!)" (sem comentários. Criei uma etiqueta de classificação para postagens chamada "chame um psiquiatra" e isso pode ter feito o Google ligar uma coisa à outra, mas isso não quer dizer que em algum momento fui presunçoso a ponto de achar que Freud teria algum interesse em ouvir minhas singelas sandices. Aliás, um sujeito com acesso à informação como estes que buscaram isso no Google realmente precisam de um psiquiatra caso tenham muitas dificuldades pra descobrir quem inventou a psicanálise);

- por digitarem no Google "propagandas mal sucedidas" (não sei exatamente por quê, mas essa foi um duro golpe. Recuso-me a fazer mais comentários);

- por digitarem no Google "wikipedia + óbvio ululante" (minha alegria durou pouco porque logo constatei que não existe qualquer referência ao OUSOIN no termo "Óbvio Ululante" na wikipedia. Pra ser sincero, sequer há um termo chamado "Óbvio Ululante")


A parte do insight é o seguinte: as keywords, ou tags, ou folksonomia, ou seja lá qual for o termo da moda, são o futuro no que diz respeito a ligar algúem buscando informação com a informação desejada. Sei que isso não é nenhuma novidade, mas me ocorreu de usar essa arma na eterna busca por leitores para meu nada badalado, porém produzido por outros métodos que não o do "copiar e colar", blog.

Portanto, acho que a partir de hoje passarei a inserir aleatóriamente nos textos chamarizes para cliques através do Google (ainda que de qualidade duvidosa), como alemão do bbb sodomiza a própria mãe, sandy decide fazer um filme pornô, ganhe dinheiro sem fazer nada (e para isso posso até abrir uma sessão de cuncursos públicos), 10 passos para obter seu diploma sem precisar aprender a ler e escrever, emagreça 20 quilos em uma semana comendo tudo o que quiser... e por aí vai.

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segunda-feira, outubro 15, 2007

Sobre Quando Uma Luz Se Acende

É impressionante como algumas palavras, ditas na hora certa, no lugar certo e pela pessoa certa podem mudar o mundo, subverter a lógica cartesiana, derrubar dogmas ou até mesmo decidir o futuro profissional de alguém.

Ultimamente venho sofrido num círculo vicioso de falta de tempo, falta de fazer o que gosto e falta de tesão. Há tempos tento entender onde foi que perdi aquela coisa que não sabemos como chamar direito, mas que não podemos perder, custe o que custar. Nessas reflexões é impossível evitar lembrar de onde viemos, e para quê viemos.

Penso na minha geração, na "velha guarda" da minha geração, na old school. Éramos um bando de moleques sem a mínima noção do que é a vida, mas estávamos dispostos a descobrir por conta própria, e de preferência através de conversas metafísicas na mesa do bar. Com juras de nunca trairmos nossos ideiais, ainda que confusos e carentes de estilo, fomos ficando mais velhos e seguindo cada um o seu caminho. O tempo passou, mais rápido do que parecia que passaria, e admito que durante muitas vezes achei que tudo era uma grande bobagem de garotos sem nada pra fazer, que como estava amadurecendo devia deixar isso para trás. E assim fui virando adulto. E assim fui virando uma pessoa sem muito pelo que lutar. Mas as lembranças talvez sejam a desgraça e salvação dos homens, porquê elas estavam o tempo todo lá, para me lembrar que nem sempre foi assim, que um dia eu pensava em fazer o que gosto, e talvez ganhar algum dinheiro com isso. E não ganhar dinheiro com certeza, e talvez fazer o que gosto. Nunca fui tão inocente a ponto de acreditar que dinheiro é desnescessário, mas fui inocente a ponto de acreditar que poderia mudar aquilo que sou.

Aquilo que sou. Acho que o moleque irrequieto, angustiado e boca-suja nunca vai deixar de fazer parte de mim, porque ele sou eu. E eu adoro, entre outras coisas, regurgitar baboseiras filosóficas (isso fica claro com a leitura de qualquer outro texto meu). O grande problema até então é que na minha atual carreira isso não pode ser transformado em dinheiro, pelo contrário, é indesejável.

Conversando com um amigo com quem não falava há muito tempo, perguntei como iam as coisas pra ele, quais eram as perspectivas de carreira, expectativas em relação à vida. Fiquei surpreso ao saber que, mesmo percorrendo um caminho muito diferente do meu, as conclusões dele eram praticamente as mesmas que as minhas. Ele, assim como eu, gosta mesmo é de aprender, pesquisar e talvez escrever ou produzir alguma coisa que possa ser aproveitada por alguém algum dia. Fazendo uma breve recapitulação das amizades que fiz um pouco antes de entrar e no começo da faculdade, percebo que quase todos meus bons amigos também são metafísicos de botequim de cerveja barata. E que a maioria deles quer tirar proveito disso na profissão.

Essas idéias deixaram-me mais perturbado que o normal, mas também fizeram muito bem, já que por causa delas fiz uma coisa que há muito não faço: acordei mais cedo, deixei a rotina de lado, e registrei meus sofismas obscuros para a posterioridade ou até que o Google os apague. E ganha um doce quem adivinhar o que eu quero ser quando crescer.


PS: apesar de tudo, terminei a tempo de ir para o trabalho. Afinal de contas, ainda tenho contas.

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terça-feira, setembro 25, 2007

Verdade Universal #1

Não importa o quão frio esteja lá fora, o metrô faz o inferno parecer uma estação de esqui.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Não há o que dizer

Algumas baratas e ratos sobreviventes de experiências laboratoriais mal sucedidas devem ter notado a ausência de posts nos últimos tempos. Tudo pode ser explicado pelos velhos problemas, que ao longo do tempo vão tomando nuances quase raras e belas. Simplificando: a falta de tempo e, ultimamente, de motivação têm me levado a ser sugestionado por um pequeno ser indefinido, que habita o esgoto da minha consciência. Ele reclama insistentemente, alegando o tempo todo que estou me tornando um velho chato, sem idéias e ranzinza. Sou forçado a discordar: ranzinza sempre fui.

Quem sabe eu ganhe na mega sena sem jogar e consiga com isso ganhar o direito de reaver minha vida e meu cérebro, cujas modestas capacidades prefiro ver funcionando a serviço das minhas futilidades ao invés de utilizar toda a sua capacidade para transformar minha juventude em dólares para velhas acionistas do Kentucky.

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