sexta-feira, dezembro 15, 2006

Lord Lino e o Sentido da Vida - Parte 2

Caros, creio que não me fiz suficientemente claro em meu último desabafo mesquinho. Falhei, confesso-o. Mas permitam-me reparar (ou não) o dano causado por meio de uma singular crônica na qual esse vosso criado tomou parte.

Era uma manhã ensolarada de domingo. Meu corpo parecia contorcer-se na cama, como que protestando pelo excesso de horas dormidas, apesar de meu preguiçoso cérebro pensar exatamente o contário. Levantei-me sofregamente, com a lembrança ruim do dinheiro que tivera de gastar no dia anterior, com o carro que vive quebrando. "Todo fim de semana é igual, oras. Um passeio pelo shopping hoje depois do almoço não me parece de todo desprezível." (a explicação para o fato dessa nefasta idéia ter-se passado por minha confusa cabeça será assunto de outras análises sobre o sentido da vida)

Para o shopping iremos, então. Almoço tomado, preparativos feitos, só faltava pegar a joça do carro. Ao tentar desativar o alarme, a primeira supresa (desagradável, por sinal) do dia: "Impossível", pensei, "O alarme já foi consertado um mês e meio atrás, não pode estar com problemas novamente". Entrei no carro sem desativá-lo. Não disparou. Pragejando e transtornado, dei partida, mas nada aconteceu. Comecei a pensar que preferiria que fosse apenas o alarme quebrado novamente, mas não, o golpe era mais embaixo.

Concluí que, uma vez que o carro não dava o menor sinal de vida, mesmo instigado furiosamente pela chave no contato, o problema devia ser na bateria. "Ótimo. Então é só achar alguém para "dar uma chupeta" na bateria e problema resolvido." Lá vou-me a procurar em algum posto das redondezas viv'alma que possuísse um cabo de conexão entre baterias. Uma vez em posse dos cabos seria relativamente fácil convencer um dos vizinhos a emprestar o carro para realizar a transferência.

Depois de bater em muitos postos, ouvi a seguinte frase de um frentista: "Olha, moço, aqui no posto nós não temos. Mas eu conheço uma borracharia. Uma borracharia não negar-se-ia a prestar esse serviço, apesar de ser um domingo quente como hoje. Não é muito longe daqui."

To be continued...

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